Fotografia, música, colagem, grafite, pintura, desenhos, muita arte para todos os tipos de conceitos, este é o Mural

quarta-feira, 27 de julho de 2016

LITERATURA - 40 FRASES INSPIRADORAS DE ESCRITORES RENOMADOS

 

A tarefa de um escritor se desenrola com mais facilidade quando existe uma ou mais fontes de inspiração das quais ele pode utilizar.
Escritores precisam beber constantemente das fontes de inspiração para inspirarem. 

Como diz o escritor americano Stephen King, “essa água é de graça, então beba-a”.
Existem dois tipos básicos de inspiração: externa, que vem por meio de livros, artes ou quaisquer outras referências de conteúdo; e interna, que flui naturalmente a partir da observação, criatividade e imaginação.

Por Eduardo Ruano
26 jul, 2016

A inspiração interna depende não só de inteligência, mas também de senso crítico, boa linguagem e capacidade de compreender pessoas, interpretar emoções e associar coisas. A inspiração externa é igualmente importante, e depende mais dos aprendizados conquistados do que de sabedoria.
Escritores veteranos necessitam de inspiração externa tanto quanto os escritores iniciantes, pois uma bagagem intelectual consistente só pode ser adquirida com muito estudo, conhecimento e a devida experiência.
Ao longo da história, inúmeros escritores consagrados deixaram sua marca no mundo e possibilitaram que gerações subsequentes de leitores aproveitassem seus trabalhos para diferentes fins, inclusive o de escrever.
Esses profissionais da literatura desenvolveram, cada um à sua maneira, um estilo de trabalho peculiar que incentiva outros escritores a desnudar sua própria personalidade de escrita.
Talvez por seu jeito autêntico de escrever, por suas obras literárias grandiosas e pelo significado que têm para muitos leitores, esses escritores renomados costumam ser lembrados, de uma forma ou outra.
Nessa lista de frases a seguir, faltou a presença de dezenas (senão centenas) de escritores que mereciam ter sido citados, mas não foram, porque a amostra aqui é pequena e os créditos são limitados.
Não só para escritores, mas também para atender a uma demanda popular de leitores, aqui estão 40 frases inspiradoras de escritores renomados como, por exemplo, Stephen King, George R.R. Martin, J.K. Rowling, J.R.R. Tolkien, Ernest Hemingway, Charles Bukowski e George Orwell.

1. Stephen King
“Escrever não é sobre ganhar dinheiro, ficar famoso, conseguir encontros, transar ou fazer amigos. Escrever é magia, tal como é a água da vida ou qualquer outra arte criativa. Essa água é de graça, então beba-a.”
2. J.K. Rowling
“Palavras são nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de ferir e de curar.”

3. George R.R. Martin
“Todo voo começa com uma queda.”
4. J.R.R. Tolkien
“Nem todos que vagam estão perdidos.”
5. Friedrich Nietzsche
“O destino dos homens é feito de momentos felizes, não de épocas felizes. A felicidade vem em lampejos. Tentar fazer com que ela dure para sempre é aniquilar esses lampejos que nos ajudam a seguir em frente no longo e tortuoso caminho da vida.”
6. George Orwell
“A escrita não é um negócio sério. É uma alegria e uma celebração. Você deve estar se divertindo com isto.”
7. Oscar Wilde
“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.”
8. Dan Brown
“Às vezes, basta uma pequena mudança de perspectiva para vermos algo familiar a uma luz completamente diferente.”
9. Charles Dickens
“O coração humano tem cordas que é melhor não tocar.”
10. Malcolm Gladwell
“Quem nós somos não pode ser separado de onde viemos.”
11. Edgar Allan Poe
“Aqueles que sonham acordados têm consciência de mil coisas que escapam aos que apenas sonham adormecidos.”
12. Scott Fitzgerald
“Nada tão bom não é difícil.”

13. Charles Bukowski
“Escrever é como ir para a cama com uma linda mulher.”

14. Søren Kierkegaard
“A decepção mais comum é não podermos ser nós próprios, mas a forma mais profunda de decepção é escolhermos ser outro antes de nós próprios.”
15. Viktor Frankl
“A tentativa de desenvolver um senso de humor e ver as coisas sob uma luz bem-humorada é algum tipo de truque aprendido ao se dominar a arte de viver.”
16. Mark Twain
“Daqui a alguns anos, você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez. Então solte as amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra.”
17. Isabel Allende
“Mostre-se, mostre-se, mostre-se e, depois de um tempo, a musa aparecerá, também.”
18. Confúcio
“A única maneira de cometer erros é fazendo nada. Este, no entanto, é certamente um dos maiores erros que se poderia cometer em toda uma existência.”
19. Henry Miller
“Trabalhe em uma coisa de cada vez até terminá-la. Não fique nervoso. Trabalhe com calma, alegremente e de forma prudente sobre o que estiver na mão. Plante uma semente a cada dia, em vez de adicionar fertilizantes.”
20. Sun Tzu
“As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas.”
21. Nicolau Maquiavel
“Todos veem o que você parece ser, mas poucos sabem o que você realmente é.”
22. Leandro Karnal
“Ser louco é a única possibilidade de ser sadio nesse mundo doente.”
23. Zadie Smith
“Evite seus pontos fracos, mas faça isso sem dizer a você mesmo o que não pode ou não deve fazer. Não mascare autodúvida com desprezo.”
24. John Steinback
“Abandone a ideia de que você está cada vez mais terminando algo.”
25. E.B. White
“Escritores não se limitam a refletir e interpretar a vida: eles informam e moldam-na.”

26. Ernest Hemingway
“Como escritor, você não deve julgar. Você deve compreender.”

27. Mary Gordon
“Enquanto exaustivamente nos perdemos nos vórtices de nossos próprios inventos, nós desabitamos o mundo corpóreo.”
28. Mário Sérgio Cortella
“A tragédia não é quando um homem morre. A tragédia é o que morre dentro de um homem quando ele está vivo.”
29. Zygmunt Bauman
“A vida é muito maior que a soma de seus momentos.”
30. Immanuel Kant
“Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço.”
31. Jack Kerouac
“A beleza das coisas deve ser que elas tenham um fim.”
32. William Faulkner
“Nada pode destruir o bom escritor, exceto a morte.”
33. Vladimir Nabokov
“Entre o lobo na grama alta e o lobo em uma grande história, há um intermediário. Esse intermediário, esse prisma, é a arte da literatura.”
34. Bertrand Russell
“Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade.”
35. William Shakespeare
“Nem palavras duras e olhares severos devem afugentar quem ama; as rosas têm espinhos e, no entanto, colhem-se.”
36. Marilynne Robinson
“Nós somos parte de um mistério esplêndido dentro do qual precisamos tentar nos orientar, se quisermos ter um senso da nossa própria natureza.”
37. Gabriel Garcia Márquez
“Se você quiser ser um escritor, deve ser um dos bons. Afinal de contas, existem melhores maneiras de morrer de fome.”
38. Lewis Carroll
“A única forma de chegar ao impossível é acreditar que é possível.”
39. Umberto Eco
“Nem todas as verdades são para todos os ouvidos.”
40. Fiodor Dostoievski
“O segredo da existência não consiste somente em viver, mas em saber para que se vive. 

*Postagem: Conti Outra
*Imagens: Reprodução


segunda-feira, 25 de julho de 2016

EVENTOS - FESTA DAS FLORES

MEDELLÍN
"Cidade da Eterna Primavera"

Todos os anos no começo do mês de agosto a cidade de Medellín se enche de cores para a Feira das Flores. Esta celebração foi criada em 1957 e conta com eventos como o Festival de Orquestras.



É uma festa comunitária e dura aproximadamente 10 dias. 

A cidade, nessa época, é conhecida como ”Cidade da Eterna Primavera”, com todos jardins, parques e lojas inundados por flores. 

O evento tem Feira Equina, atrações musicais e culturais, entre outros. É uma das festas colombianas com maior identidade nacional.


Medellín é a segunda cidade da Colômbia e um local conhecido pela ‘eterna primavera’, já que não há variações entre as estações. Por isso, as flores são tão importantes para a cidade e há até um grande festival dedicado a elas. 

Os “Silleteros”



O evento principal é o desfile de “silleteros”, no qual participam agricultores que produzem arranjos florais e os carregam em suas costas usando “silletas” (um suporte de madeira - espaldares, chamados de "silletas" em espanhol). Em cada uma delas, que podem pesar até 70 quilos, são utilizadas entre 25 e 70 variedades de flores.

'Silleteros' carregam as coroas de flores durante o festival (Foto: Raul Arboleda/AFP)
No passado, esta profissão estava ligada ao trabalho de levar no corpo cargas muito pesadas. Mas hoje, eles são o destaque da parada das flores, onde carregam em selas belos arranjos coloridos. Muitos turistas vão para Medellín todos os anos só por causa do festival, que oferece ao visitante mais de 140 eventos culturais diferentes.


Este desfile de espaldares é dividido em quatro categorias: emblemática (com símbolos pátrios e religiosos), monumental (a categoria maior e mais vistosa), tradicional (ícone dos "silleteros", com decorações simples) e comercial (desenvolvida especialmente por alguma empresa).


Público para assistir ao desfile de silleteros





Além do desfile de "silleteros", é possível acompanhar o desfile de carros clássicos e antigos que passeiam pelas ruas de Medellín e o desfile a cavalo, com mais de 7 mil equinos que se exibem em um percurso de quase dez quilômetros.

Desfile de 2013

Homem faz escultura de flores formando um "chiva", ônibus rural tradicional, como parte do Festival das Flores em Medellin, na Colômbia.

*Postagens:



sábado, 16 de julho de 2016

ROBERT DARNTON - LITERATURA

CENSURADOS
Como vetos à literatura ocorrem 
pela ação de gente culta
Historiador americano Robert Darnton 
mostra como censores discriminavam 
um texto refinado de um embuste literário 
na França, Alemanha e Índia


Carta Capital - O historiador, surpreendido com a censura brasileira, que intimou Sófocles a depor
Nem mesmo em 1989 havia alguém tão especializado em Iluminismo quanto o historiador americano Robert Darnton. Eis por que o Brasil o chamava a palestrar sobre o bicentenário da Revolução Francesa. Então aos 50 anos de idade, pai de três filhos, erudito de Harvard e Oxford, ex-repórter policial do New York Times, autor de livros escritos com a clareza dos dias, pesquisados nas profundezas dos arquivos, Robert Darnton mal podia crer em tudo aquilo que presenciava na capital paulista.

Seus habitantes eram cientes do mundo ao redor. Os raios de sol, constantes. Os discursos, inacreditavelmente bem compostos pelo candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva. A ascensão do Partido dos Trabalhadores causava profunda excitação em qualquer historiador. E que livrarias São Paulo tinha.

Em agosto daquele ano, Darnton pegaria na capital paulista um voo para Berlim. Convidado por um instituto de estudos avançados, escreveria ali, por um ano, mais uma monografia sobre seu assunto de imersão. Antes partiria para Halle, na então Alemanha Oriental, para um encontro acadêmico. “Eu havia saído do Brasil, que era a luz, para chegar às trevas”, conta a CartaCapital por telefone a partir de Harvard, onde hoje é professor aposentado e dirige sua biblioteca, a maior entre as universitárias em todo o mundo. “Eu estava, então, na profunda Alemanha Oriental, sob uma atmosfera diferente e fascinante, nas suas cidades em que tudo era poluído, chovia o tempo todo e não havia energia elétrica à noite.”
  
Em A Vida dos Outros, a Alemanha Oriental vigiada

Nem por um momento imaginou, então, que a divisão entre dois sistemas políticos estivesse prestes a se esfacelar. “Queria poder dizer a você que eu sabia antecipadamente que o muro iria cair, mas não tinha a menor ideia”, diz sobre o evento a selar o fim da Guerra Fria. Enquanto estudava a revolução burguesa ocorrida dois séculos antes, uma transformação de fato se dava diante de seus olhos. “O chão começou a tremer. Eu saía, assistia às manifestações, conversava com os habitantes.

Assim que o muro caiu, em novembro, interrompi meu livro e passei o tempo a viajar para Berlim Oriental e a escrever artigos sobre o que via.”
Interessou-se pelos arquivos do regime e descobriu que fora distinguido por eles. “Um amigo alemão oriental me contou, em 1992, que eu tinha meu próprio dossiê na polícia política Stasi, citado como um ‘jovem burguês progressista’. Nunca vi esse arquivo. Mas o xingamento me divertiu muito, me pareceu elogioso.” Enquanto pesquisava, descobria um universo inaudito.

Os alemães-orientais não apenas censuraram livros. Eles organizaram um imenso sistema para encaminhar a literatura a seus propósitos ditos revolucionários. Os censores discriminavam um texto refinado de um embuste literário. Quando censuravam, às vezes impossibilitando a carreira de um autor, agiam como professores, o que de fato eram, advindos dos melhores cursos de Letras. 

Darnton entrevistou dois desses censores, empenhado em mantê-los próximos com simpatia, conforme lhe ensinara a prática jornalística. Sentiu-se incrédulo que ainda advogassem a permanência do muro, este que mantivera distante dos leitores a realidade do país, apenas descrita nos livros se transcorrida ficcionalmente em países capitalistas (os personagens alcoólatras, por exemplo, tinham de ser americanos). A Alemanha Oriental do período, dos móveis às vestimentas e aos comportamentos, foi descrita em perfeição, crê o historiador, no filme A Vida dos Outros, de Florian Henckel von Donnersmarck.

Censores em Ação. Robert Darnton. 
Companhia das Letras, 376 págs. Edição impressa, R$ 69,90. 
Livro digital, R$ 39,90

Censores em Ação, lançado agora no Brasil, é o livro em que Darnton analisa, além do sistema alemão-oriental, o sofisticado veto britânico à produção literária indiana, no século XIX, ocorrido até mesmo contra os ideais libertários de expressão defendidos na Inglaterra, e a censura aos livros na Paris dos anos 1700, quando toda publicação, caso não pudesse obter uma autorização real para se efetivar, deveria tentar a sorte em Amsterdã ou Genebra. Darnton estuda como o diretor do comércio de livros comandava uma cadeia de censores e, com o apoio da polícia, restringia a ação dos livreiros clandestinos.

“Havia um inspetor especializado em literatura na polícia francesa. Ele passava todo o tempo a andar pelas livrarias. Refazia a trilha dos autores, conhecia os iluministas.” Darnton gastou horas a entrevistar, por assim dizer, os inspetores da Paris de 250 anos atrás. “A polícia francesa do século XVIII era muito mais sofisticada do que a americana do século XX, quando comecei no jornalismo.” O historiador perdeu o pai enquanto ele cobria a Segunda Guerra Mundial para o New York Times.

“Órfão aos 3 anos, cresci com a ideia de que ser um repórter de jornal era a melhor coisa que jamais se poderia fazer na vida.” Seu irmão tornou-se jornalista, e sua mãe, igualmente editora daquele jornal, sofreu quando Darnton constatou que os arquivos, com os quais aprendera a lidar em Oxford, davam-lhe muito mais satisfação pessoal do que relatar assassinatos e assaltos a banco. “Eu fui a ovelha negra da família. Me tornei apenas mais um professor universitário.”

Na França, por J. Watteau, a transmissão dos libelos

Um professor que escreve como jornalista, imbuído das palavras nítidas, e que se propôs a analisar uma ação patrocinada pelo Estado, como subscreve o entendimento da censura. Em seu livro, descreveu casos duros. Na Alemanha Oriental, o editor Walter Janka, apesar de leal à ideologia em curso no país, passou cinco anos em uma solitária, autorizado a ver a mulher por apenas duas horas ao ano, apenas porque protegera George Lukács, um autor que caíra em desgraça no partido. 

Darnton, contudo, ressalva que, nos três sistemas por ele estudados, quem cortava textos sabia por que o fazia. Os censores franceses concentravam-se mais em questões de conteúdo e estética e menos em ameaças à Igreja, ao Estado e à moralidade. Um censor que era teólogo atestou certa vez que um livro sobre história natural lhe parecia uma ótima leitura. Ele não conseguiu largar o livro, disse, porque inspirava no leitor “essa curiosidade ávida, mas doce, que nos faz continuar a leitura”. Darnton pergunta-se: “Será essa a linguagem que se espera de um censor?”

Por todo o ensaio, o que o historiador parece desejar é que se desfaça uma ampla relativização do conceito (a seu ver, a censura jamais se dá fora do âmbito estatal) e que ela não seja entendida de modo maniqueísta. “Convenci-me, depois da leitura das correspondências e dos memorandos internos dos censores franceses, que se tratava de indivíduos altamente inteligentes. Tinham boas relações com os autores, melhoravam os textos com sugestões. Tentavam defender a honra da literatura francesa. A censura no século XVIII francês foi positiva. Com a ressalva, claro, de que o Iluminismo não passava pela censura, pois era editado em libelos ou em publicações fora da França.”

Darnton lamenta conhecer pouco a história latino-americana. Contudo, enquanto produz um novo ensaio, em torno do vendedor de livros que, montado a cavalo na França de 1778, realizou uma Tour de France por livrarias, sua releitura de cabeceira é O Aleph, de Jorge Luis Borges. O historiador reage com espanto ao saber que no Brasil os censores nunca foram muito inteligentes. E que, na ditadura, convocaram o filósofo Sófocles a depor sobre uma montagem de Antígone.

Leitor das notícias do Brasil a partir do New York Times, Darnton também ignorava que uma decisão do Legislativo impediu recentemente os professores de Alagoas de opinar em sala de aula e que a Justiça havia proibido os estudantes de uma universidade pública de Minas Gerais a discutir o impeachment. Mais que isso, uma censura de mercado, fundamentalista religiosa, dificulta a impressão de obras tidas por blasfemas, como ocorreu a Gênesis, de Robert Crumb. “Meu coração fica com os brasileiros, porque vivem essa crise tão grande. Só posso me solidarizar com eles.” 

*Postagem: Carta Capital


O LIVRO
ANÁLISE DE DANIEL PRESTES

Censores em ação, de Robert Darnton e publicado no Brasil pela Companhia das Letras, busca analisar em três períodos históricos como os Estados influenciaram o fazer Literário por meio da censura, mas, antes de se deter necessariamente nos momentos que ele acompanhará, o autor nos diz que é necessário ter em mente o que seria a censura, para não cairmos em generalizações. Ele retoma essa mesma questão, ao final do livro, a fim de fazer um arremate nas ideias desenvolvidas no correr do texto.

Daniel, mas por que falar de um livro sobre censura na literatura?

Para além do óbvio, que é o fato dessa coluna ser sobre literatura e não apenas livros, há também que a relação entre Literatura e Estado ajudam na formação da nação, na instrução e no desenvolvimento de uma tradição que está intrinsicamente vinculada à maneira de pensar das pessoas.

É isso que acompanhamos, por exemplo, na terceira parte do volume, que trata sobre o modo como trabalhavam os censores no período da União Soviética, que me pareceu ser um jeito bastante interessante de aliar exemplos vistos nos outros dois períodos analisados anteriormente pelo autor, a saber: a França dos Bourbon e a Índia Britânica.

Na primeira parte, vemos como a Censura pode ter uma face positiva. Na época dos Bourbon havia toda uma estrutura de avaliação do texto por censores que davam a autorização real para que a obra fosse publicada. Havia outras maneiras de se publicar um texto? Havia. Mas, ter o privilégio de ser publicado com a chancela real era algo que muitos autores queriam, assim, muito mais do que censurar, tinha-se ali a questão do poder publicar.

No entanto, obras que sabidamente não receberiam as chancelas reais de publicação nem eram enviadas aos censores reais para avaliação do texto, estas eram logo encaminhadas para fora, como a Holanda, por exemplo, a fim de serem publicadas e depois contrabandeadas para o interior da França. No geral, essas obras eram de cunho político-satírico ou eróticas.

O mais interessante é perceber que todo esse problema com o conteúdo de obras clandestinas fez crescer o crime de contrabando e pirataria como movimento de “contra-censura” e no qual muitas pessoas importantes e mesmo que deveriam evitar tal coisa, se juntassem à prática.

Já na Índia Britânica, em teoria, não havia censura. Como mostra Darton, ao citar os documentos de publicações anuais do país, havia um volume muito grande de publicações, a maioria vista como menores pelos ingleses que colhiam informações sobre elas.

Contudo, são essas publicações menores que ajudaram a criar um sentimento nacionalista entre as pessoas, que acabou ocasionando, junto a outros elementos, levantes contra a Coroa Real Britânica, fazendo com que os Ingleses passassem não só a prestar mais atenção no que era publicado, como também a manipular os conceitos de sedição.

Então temos a censura na União Soviética, que alia a permissão do Estado para as publicações como uma eterna vigilância daqueles que estão inseridos em todas as etapas do meio editorial, criando o clima de tensão que já conhecemos das nossas aulas de história sobre os países em que governos ditatoriais assumem o poder.
Confesso que em muito das descrições feitas por Darton me lembrei do que se fala sobre a nossa Ditadura Militar.

Porém, o que é interessante em todo o processo instalado nesse terceiro período é que a censura seria como o poder, a forma como o poder está associado ao pensamento de Foucault. A censura é risomática, não está unicamente numa relação vertical e descendente, ela é também vertical e ascende e foge por tangentes.
O ponto chave aqui é que, a censura assume ares de negociação, como visto no período Bourbon, em que ser influente e ter amigos influentes, ajudavam no processo de permissão da publicação e que também era assegurado pelas informações colhidas pela polícia soviete, a Stasi.

Voltando agora para a resposta que eu dei a pergunta feita no início desse texto, que fala sobre o papel que a interferência do Estado na Literatura faz com o povo sob domínio desse Estado, temos que o gosto e a visão de mundo e mesmo o que nos impele a ir contra o que está instituído perpassa pela ação do Estado no fazer Literário, por mais que não tenhamos acesso diretamente ao que é publicado.

Por exemplo, imagino que muitos que me leem neste momento não tenham lido Homero ou Platão, e mesmo desconheçam integralmente a história de Bento e Capitu, mas, ainda assim, essas histórias estão em nossa memória literária e moldam a sociedade de certa maneira, como tentava mostrar Vasques, em sua história da literatura, A Poeira da Glória.

Para além disso, ela nos mostra como, socialmente, nós pensamos a Literatura, o Mercado Editorial e permitem mapear os nossos gostos literários.


 *Postagem: Revista Forum




ARTISTA PLÁSTICA – YULIA BRODSKAYA

COLA E PAPEL
INCRÍVEIS OBRAS DE ARTE   

A russa Yulia Brodskaya é uma artista versátil que trabalha com diversos materiais, suas práticas criativas exploram desde a pintura em tecido ao origami e a colagem.






Yulia Brodskaya nasceu em Moscou, na Rússia, mas desde 2004 mora no Reino Unido, onde completou um mestrado em Comunicação Gráfica na Universidade de Hertfordshire.


“Eu acho que uma das principais razões que me fazem apreciar o artesanato de papel é o meu amor pelo material”.






Foi com essas ilustrações em papel inovadoras que Brodskaya ganhou reputação internacional.

A artista cria, também, desenhos bem detalhados de papel para clientes de todo o mundo.


A artista vai moldando os papeis e colocando em painéis para que o resultado final dê uma impressão de imagem em 3D


Para ver mais do trabalho de Yulia, acesse seu site oficial.



*Postagem: Pitanga Digital
*Imagens: Reprodução



sexta-feira, 15 de julho de 2016

JOGOS - POKÉMON GO

 

 Pokémon GO é um jogo eletrônico voltado para smartphones em uma colaboração entre a Niantic, Inc., Nintendo e a The Pokémon Company para as plataformas iOS e Android e será gratuito com compras adicionais incluídas no jogo. Wikipédia

Chega a ser bizarro ler notícia que duas pessoas teriam caído de penhasco para pegar pokémon. O fato, teria acontecido na Califórnia, nos EUA. (Ler matéria)

Quem é leigo nesse jogo quer entender o motivo dessa febre mundial. Em alguns lugares, como na China, há placas sinalizando a proibição do jogo. 

Há narrações (internet) de que ele é vicioso, uma praga deste século.

“As pessoas literalmente viraram zumbis. Andam pelas ruas com seus aparelhos eletrônicos nas mãos jogando um tal de pokémon go.”

A frase, sem autoria, parece estar de boca em boca.


Na China, há temores de que Pokémon Go possa ajudar a localizar bases militares
Por Paul Carsten

PEQUIM (Reuters) - Nem todo mundo ama o Pokémon Go, o game que se tornou sucesso mundial mesmo tendo sido lançado em alguns poucos países apenas uma semana atrás.

O jogo de realidade aumentada, no qual jogadores andam na vida real para perseguir e caçar personagens virtuais em seus smartphones, tem sido apontado nos Estados Unidos como a causa de uma série de roubos e acidentes automotivos por distrair os usuários.

E embora o jogo ainda não esteja oficialmente disponível na China, o maior mercado mundial de celulares e de games online, algumas pessoas já temem que o jogo possa se tornar um Cavalo de Tróia para uma ação ofensiva dos EUA e do Japão.

"Não joque Pokémon Go", disse o usuário Pitaorenzhe no site chinês de microblogs Weibo. "Com isso, os EUA e o Japão poderão explorar as bases secretas da China!"

A teoria da conspiração é que a empresa japonesa Nintendo, uma das donas da franquia Pokémon, e o Google, dos EUA, podem descobrir onde estão as bases militares chinesas, ao ver onde usuários não capturam personagens Pokémon.

O game utiliza serviços do Google como os mapas.
A teoria é que se a Nintendo colocar Pokémons raros em áreas onde as empresas veem que os jogadores não estão indo, e ninguém tenta capturar as criaturas, pode-se deduzir que o local tem acesso restrito, sendo potencialmente uma área militar na China.

"Então, quando a guerra irromper, o Japão e os EUA podem facilmente direcionar seus mísseis guiados, e a China terá sido destruída pela invasão de um jogo japonês-americano", disse um post quer circulou no Weibo.

O Ministério de Relações Exteriores chinês disse desconhecer relatos de que o Pokémon Go possa ser um risco para a segurança, sem dar mais detalhes. Outros representantes do governo chinês não responderam a pedidos de comentários sobre o assunto. (Fonte: Jornal Extra)



Seria um jogo perigoso para a humanidade?
Seria a humanidade infantil demais para um jogo?

ALERTA: Não jogue Pokémon Go. Ele é o mais novo experimento de vigilância governamental  
Matéria Completa - Leia AQUI



Tantas perguntas, poucas respostas.
Pode ser que, como muitas outras coisas, a medida deve ter uma dose certa.
Fugir da realidade para um mundo virtual pode criar expectativas frustadas.
Todo cuidado é pouco.



Eles fizeram sucesso na década de 90 e voltaram com força total.

Agora, o Pokémon Go já foi mais baixado que o Tinder e virou mania nos Estados Unidos, atraindo atração em todo o mundo.

Mas o que é esse jogo? 
Veja as explicações da BBC Brasil:

Pessoas vestidas de Pikachu, que voltou a ser mania no mundo



Por que as pessoas não param de falar de Pokémon de novo?

Elas estão falando do Pokémon Go, um jogo de realidade aumentada parasmartphones.

Ele usa seu GPS. Você joga andando pelo mundo real e caçando pequenos monstros virtuais como o Pikachu e Jigglypuff em lugares perto da localização do seu telefone e treinando-os para lutar uns contra os outros.

O sucesso vem da mistura de jogo e realidade. Na tela do telefone você vê o mundo real, como na câmera do seu celular, mas habitado por monstrinho do Pokémon.

Os monstrinhos do jogo se tornaram populares pela primeira vez nos anos 1990, quando foram lançados no Game Boy da Nintendo.

O Pokémon já foi jogo de Game Boy e Nintendo DS, desenho animado e é, há muito tempo, um jogo não tecnológico de troca de cartas, mas esta é a primeira vez que se torna um jogo de smartphone.

O mundo que você vê na tela no Pokémon Go é o mundo que está a seu redor

Aqui está um pequeno dicionário para você começar a entender um pouco mais do Pokémon:

Pokemon = pocket monster (monstro de bolso)
Pokestop = landmark (ponto de referência)
Pokeball = uma bola que você joga para capturar o Pokemon e treiná-lo
Academia = local onde os Pokémons lutam uns contra os outros
Pikachu = Pokémon mais famoso e ícone da cultura japonesa

E, como ele te obriga a se movimentar para jogar, ele também pode ajudar a queimar algumas calorias:



Como posso jogar?

O Pokémon Go já pode ser baixado pela App Store (iPhone) e Google Play (Android) em diversos países, como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia.

No Brasil, ainda não há data oficial de lançamento. A Niantic, desenvolvedora do jogo e ligada ao Google, havia decidido adiar o lançamento em outros países porque, com tanto usuários, o game estava tendo problemas.

Mas nesta semana a empresa retomou a expansão do aplicativo, tornando-o disponível na Europa. Isso pode significar que o game estará disponível para brasileiros em breve.

O jogo pode ser baixado de graça, mas assim como muitos aplicativos gratuitos, há coisas para comprar com dinheiro de verdade quando você já está jogando.

Pessoas estão indo para locais que não frequntavam antes atrás de Pokemons


Qual foi a coisa mais estranha que aconteceu com alguém jogando?

Hmm, pergunta difícil.

Um mulher americana encontrou um corpo enquanto procurava um Pokémon em um rio perto da sua casa. A polícia disse que o homem havia morrido há menos de 24 horas.

Quatro pessoas foram presas após usar o jogo para atrair participantes para locais remotos e roubá-los a mão armada. Em resposta, os criados do Pokémon Go disseram que as pessoas devem "jogar com amigos quando forem para lugares novos e desconhecidos" e "lembrar de se manter em segurança e alerta todo o tempo".

Polícia do Missouri publicou fotos de suspeitos de roubar usando o Pokémon Go

O grupo homofóbico Westboro Baptist Church, nos Estados Unidos, é uma das locações das academias no jogo, e jogadores colocaram uma Pokemon "Crefairy", que é rosa, chamada "Amor é amor" lá. O grupo - o mesmo que faz protestos homofóbicos em enterros de gays - respondeu com uma série de posts nas redes sociais chamando o Pokémon de sodomita.

Também há muitos relatos de pessoas caindo e se machucando porque não prestam atenção no que está a sua frente ao jogar.

Devo me preocupar com minha privacidade?

Algumas pessoas disseram que, como o jogo funciona em tempo, se você está perto de outro jogador no game você provavelmente consegue vê-los na vida real.
Quando você se inscreve no jogo, você permite que a Niantic Labs use sua localização e a compartilha pelo app.

É a mesma coisa que todos os aplicativos de redes sociais pedem, mas no Facebook, Twitter e afins você pode desligar esta função, enquanto se você fizer isso no Pokémon Go você não consegue jogar o jogo direito.

E esse sucesso estrondoso do jogo?

O game é um sucesso mesmo.
Ele acrescentou mais de US$ 7 bilhões de valor a Nintendo devido à subida das ações da empresa desde seu lançamento.

O jogo parece estar fazendo sucesso em dois mercados - os adolescentes que estão jogando pela primeira vez e as pessoas com cerca de 30 anos que lembram da febre pela primeira vez e estão curtindo uma nostalgia.

O Pikachu era assim quando apareceu na TV pela primeira vez, em 1997

O Pokémon Go já foi instalado em 5,16% de todos os smartphones com sistema Android nos EUA, de acordo com o site SimilarWeb. É quase o dobro do Tinder - e espera-se que, em breve, o app supere o Twitter em usuários ativos.


Nos últimos 30 dias, o termo Pokémon Go foi buscado no Google quase tantas vezes quanto "Brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia.

Até a pornografia, que sempre é muito buscada na internet, foi superada pelo interesse no app.



*Fonte: BBC Brasil


*Imagens: Reprodução